“Olhar no papel e olhar na câmera”
Magda Beatriz Rodrigues Alves nasceu em Porto Alegre e começou sua vida profissional muito cedo. A comunicadora jamais pensou que iria atuar na área da Comunicação. Seu sonho era ser advogada. Chegou a cursar dois semestres de Direito, mas logo desistiu porque a Comunicação entrou de uma forma muito rápida na sua vida.
A carreira da comunicadora começa em 1976, quando trabalhava numa locadora de automóveis. Certo dia, aos 16 anos, um cliente liga e diz: “Um dia eu passo aí para ver se o teu vídeo combina com o teu áudio”. A voz de Magda chamou a atenção de Nelson Cardoso, cliente da locadora, e um dos pioneiros da televisão no Rio Grande do Sul. Ela não deu muita importância e continuou com o seu trabalho. Certo momento, Nelson vai ao serviço de Magda e a convida para fazer um teste para televisão. Três meses depois, ela estava apresentando o telejornal “Portovisão”, na antiga TV Difusora.
Em 1978, se desliga da TV. Dois anos depois, em 1980, retorna à televisão. O diretor da antiga TV Guaíba convidou Magda a apresentar um novo programa na emissora chamado “Guaíba Feminina”. Era um programa de entrevistas com celebridades, comportamento, artesanato, moda e decoração. A comunicadora também apresentou o noticiário “Câmera Dez” nos anos 80.
A radialista explica que, na época, não existia telepronter e que tinha muito improviso: “Olhar no papel e olhar na câmera”, argumenta. Ainda, alerta que se não existisse o telepronter hoje ninguém saberia fazer televisão, mas que hoje as faculdades estão sabendo formar profissionais mais qualificados para fazer esse tipo de improviso, ao qual é importante: “Às vezes, o improviso é necessário”, justifica.
Magda conta, com carinho, as histórias do tempo que era âncora nos programas “Portovisão”, “Câmera Dez”, “Guaíba Feminina” e “Câmera Dois”. Ela cita o nome do comunicador Clóvis Duarte que, segundo ela, foi o pioneiro em tecnologia do estado do Rio Grande do Sul a colocar um computador na bancada de um programa de debate, que no caso era o “Câmera Dois”. Magda lembra Clóvis com muito apreço, pois trabalhou com ele no noticiário por quase uma década e meia.